Cão com paralisia imita 'Globeleza' para incentivar adoção

8/02/2016 | Brasil

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“Lá vou eu, lá vou/ Com meu carrinho na avenida/ Depois de adotada, feliz eu tô de bem com a vida, meu amor/ Vem, me deixa te contagiar/ Vem nessa pra gente adotar e acabar com a solidão/ Sai pra lá vida de cão”. No embalo da folia, a “Globeleza”, nome dado à cobertura do carnaval no Brasil feita pela Rede Globo e também à mulata que samba nas vinhetas da emissora se tornou inspiração para a “Aleijadinha”, uma cadela paraplégica, que teve a sua história de superação repercutida nas redes, protagonizar uma versão da música para falar sobre conscientização.  (Veja o vídeo acima)

O vídeo postado nas redes sociais mostra a “Alê” toda produzia pela dona, Patrícia Alcoléa. O enredo tem a proposta de estimular adoção de cães com ritmo animado e cativante. “Pensei em algo como se fosse uma mensagem que ela diria para as pessoas e a letra saiu”, diz a publicitária de Sorocaba (SP), no interior de São Paulo. 

Com a ideia na cabeça, a dona botou a mão na massa e buscou inspirações em trajes que não usassem penas de animais. “Conversei com amigos para contar a ideia e toparam na hora. No processo, claro que nos preocupamos com o bem estar dela e desenvolvemos uma fantasia que não a incomodasse”, conta.  O peitoral personalizado foi feito na própria coleira, presa na cadeirinha de rodas e o adereço fixado na estrutura da cadeira.

À vontade e com estúdio afinado, a cadelinha teve até um ursinho usado como dublê, tudo para não desgastar o animal durante a produção. “Com tudo pronto, ela entrou em cena e a deixamos livre para fazer o que quisesse. Como é animada, foi andando de um lado para o outro e a equipe foi acompanhando os movimentos para captar as imagens”, explica.

 ‘Aleijadinha –Alê’
As publicações que deixaram a cadela famosa na internet são administradas pela Patrícia que coleciona mais de 7 mil curtidas na página. “Alê” ganhou uma segunda chance ao ser encontrada pela irmã da puplicitária se arrastando em uma rodovia, debilitada e sem o movimento das patas traseiras.

Em meio a machucados e sem os movimentos, a cachorrinha foi encaminhada para dois veterinários. Com uma nova família e recuperada dos ferimentos, Alê enfrentou a fase de fisioterapia.

Atualmente, a família se desdobra para zelar pelo bem-estar da Alê e dos outros três cães da casa. Segundo Patrícia, além da cadeira de rodas especial, ela precisa usar fraldas, consequência de ter perdido o controle das fezes e urina. 

Dos dias em que se arrastava para sobreviver sozinha em uma rodovia até hoje, quem conhece Alê se comove, segundo Patrícia. Mas, ela garante que a cadelinha se adaptou e está cercada de amor para aproveitar o resto da segunda chance de viver. “Eu queria que as pessoas soubessem que não precisam ter pena, pois ela é muito feliz e tem todos os recursos que precisa para viver bem”, finaliza.

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