Caso suspeito de varíola dos macacos é descartado em Pará de Minas

30/06/2022 | Centro-Oeste

 

Caso foi notificado como suspeito no último sábado 25/6 – Foto SCIENCE PHOTO LIBRARYBBC

 

 

A Secretaria de Saúde de Pará de Minas informou, nesta quinta-feira (30), que está descartado o caso suspeito da varíola dos macacos, que estava em investigação na cidade desde sábado (25).

 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a atualização da nota sobre os casos de Monkeypox – varíola dos macacos, ocorre semanalmente, às quartas e sextas-feiras, portanto, não foi possível confirmar o descarte do caso junto ao Estado.

 

Segundo o secretário de Saúde Wagner Magesty, a informação será notificada à SES-MG por meio de ofício, mas não disse quando.

 

Caso descartado

Segundo o secretário de Saúde Wagner Magesty, caso foi descartado pela Vigilância  – Foto Rádio Espacial

 

O secretário de saúde disse que a informação foi descartada pela Vigilância Epidemiológica.

 

“Referente ao caso, que tomamos ciência no final de semana, sobre a possível contaminação de um paciente de Pará de Minas pela varíola dos macacos, este caso já está descartado pela Vigilância Epidemiológica”, destacou.

 

Ainda segundo o secretário, o descarte do caso ainda será notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas).

 

“Nossa referencia técnica, a Maria de Lourdes, nos deu essa informação, mas é uma informação que depende de ser notificada ao Centro de Informações Especializadas em Vigilância Sanitária (Cievis) da Secretaria Estadual de Saúde, que solicitou à Vigilância municipal e ao médico que acompanhou o caso, um relatório de desfecho do caso. Não existe nenhum vínculo epidemiológico desse paciente, por fim, diante do quadro clínico e da melhora dos sintomas, o caso foi totalmente descartado e vai ser publicado em nota pelo Estado, assim que recebessem e tomarem ciência do relatório clínico que foi verbalizado. Eles pediram que fosse documentado para que pudessem se manifestar sobre o caso”, pontuou o secretário.

 

Suspeita do caso

 

No sábado (25) a Prefeitura havia informado que o caso suspeito não tinha histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. Dentre os contatos próximos, ainda não havia nenhum caso sintomático.

 

Primeiro caso suspeito em MG

 

O primeiro caso suspeito de varíola dos macacos em Minas Gerais foi investigado em Uberlândia, mas foi descartado.

 

Até o momento no estado, seis casos foram descartados laboratorialmente e três estão em investigação.

 

Orientação aos municípios

 

Para o diagnóstico laboratorial, a SES-MG orientou aos municípios a coleta de amostras para análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

 

Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos.

 

Casos de varíola dos macacos no Brasil

 

Até o momento, o Brasil registra 14 casos confirmados para monkeypox, sendo dez em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Onze são importados, com histórico de viagem para Europa, e três são autóctones.

 

O Ministério da Saúde confirmou na última quinta-feira (23) três casos autóctones (de transmissão local) de varíola dos macacos (monkeypox) no estado de São Paulo.

 

Mundo

 

A OMS disse que a varíola dos macacos traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.

 

“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, afirmou a OMS.

 

Sintomas e transmissão

 

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

 

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explicou Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

 

“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completou Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

 

 

Com informações do G1

 

 

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