Cemig prevê energia mais barata em 2016

21/08/2015 | Minas Gerais

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Depois de um reajuste de cerca de 50{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b} na tarifa média de energia elétrica neste ano, a Cemig já admite um alívio para o consumidor, mas apenas em 2016. O diretor de relações institucionais e de comunicação  da estatal, Luiz Fernando Rolla, afirma que os custos adicionais que a empresa teve em 2015 com geração de energia por meio das térmicas não devem se repetir no ano que vem. “Quando sobe o uso da geração hidráulica, abre espaço para reduzir custo. Mas isso, é claro, depende da chuva”, destaca Rolla.

Sobre o fim da bandeira vermelha – recurso que deixa cada kWh (quilowatt/hora) R$ 0,055 mais caro para compensar as despesas extras com a geração térmica –, Rolla afirma que é possível a partir do primeiro trimestre de 2016. Mas ressalta que a decisão não depende da Cemig, mas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Com a estiagem em 2014 e nos primeiros meses de 2015, houve queda de geração a partir das hidrelétricas, o que forçou a compra de energia das térmicas, que é mais cara. Só no segundo trimestre deste ano, as despesas operacionais da Cemig subiram 29,7{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b}, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (19).

Além da bandeira vermelha, que desde janeiro trouxe um impacto de cerca de 12{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b} na conta de luz dos mineiros, os usuários da Cemig ainda tiveram que absorver dois aumentos: um de 28,8{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b} da revisão tarifária e outro de 7,7{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b}, referente ao ajuste anual.

Com os gastos extras correndo o lucro, nem mesmo o aumento na base de consumidores fez com que a geração de receita com consumo subisse. “Houve queda de 8{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b}, a energia ficou mais cara e todos passaram a economizar”, afirma Rolla. Segundo o diretor, essa queda só não foi maior porque foram 160 mil novas ligações. “Até o fim deste ano, serão 250 mil novos consumidores”, destaca Rolla.

O executivo ressalta ainda que a geração crescerá nas hidrelétricas até o fim do ano, principalmente se as chuvas se normalizarem daqui para frente. Com menos dependência das térmicas, o reajuste tarifário marcada para abril de 2016 pode vir com uma redução no valor da conta de luz para o consumidor. 

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