Depois de dois anos devido a pandemia do Coronavírus, a Matriz de Sant’Ana vai retomar a confecção do tapete em torno da Praça Doutor Augusto Gonçalves. Neste período foi confeccionando apenas alguns tapetes dentro e no adro da Matriz.
Na próxima quinta,16/6, a Igreja Católica celebra a Solenidade de Corpus Christi. A confecção dos tapetes de rua é uma manifestação de arte popular, onde a comunidade envolvida, transforma o trabalho das mãos e a simplicidade dos materiais, em uma respeitosa homenagem ao Santíssimo Sacramento.
Utilizando de diversos tipos de materiais como serragem colorida, borra de café, raspa de couro, sal e pequenos acessórios como tampinhas de garrafas e pedras coloridas, confeccionam com grande estilo, um extenso tapete com imagens e símbolos litúrgicos, enaltecendo Jesus Sacramentado.
No Brasil esta tradição de cunho barroco se estende por várias cidades. Na Paróquia de Sant’Ana, de Itaúna foi estimulada pelo saudoso vigário Padre José Ferreira Neto, quando os moradores da praça no entorno da Matriz, enfeitavam as portas e janelas de suas casas, assim como a via pública para a passagem da procissão.
Ate a presente data o tapete é preservado e reúne centenas de pessoas, dentre elas artistas, comunidades paroquiais, movimentos e pastorais na sua confecção.
O modo de fazer o Tapete de Corpus Christi na Paróquia de Sant’Ana foi registrado como Patrimônio Imaterial da cidade pelo Decreto de 3 de setembro de 2020.
Programação de Corpus Christi / Matriz de Sant’Ana
Dia 13/6 – 18h – Terço da Misericórdia cantado, seguida da Celebração da Santa Missa.
Dia 14/6 – 18h – Recitação das I Vésperas da Solenidade de Corpus Christi (Liturgia das Horas) e às 19h, celebração da Santa Missa.
Dia 15/6 – 18h – Recitação das I Vésperas da Solenidade de Corpus Christi (Liturgia das horas), seguida da Celebração da Santa Missa.
Dia 16/6 – 7h – Celebração Eucarística e bênção de envio das Equipes para a confecção do tapete
8h15 – Confecção do tradicional “Tapete” em torno da Praça da Matriz.
16h30h – Procissão com o Santíssimo Sacramento seguida da Bênção e Missa
Corpus Christi
No Brasil esta festa nos foi introduzida pelos portugueses com procissões esplendorosas: tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças e cantos. Esta versão brasileira tinha do troar dos canhões até gente importante na vida política da nação, disputando a honra de tocar com as mãos o “Pálio”, aquela proteção de tecidos finos, bordados à mão com os fios de ouro, que protege o sacerdote que leva a “Hóstia Santa”.
Uma festa barroca e em Minas, a tradição dos tapetes começa em Vila Rica, no ano de 1733, quando da inauguração da Matriz do Pilar e era conhecida como “Festa do Triunfo Eucarístico”. Em Itaúna, nossa solenidade começa ao alvorecer, quando os paroquianos após a Celebração Eucarística, se reúnem em torno da Praça da Matriz para confeccionar um tradicional “tapete” para ornar a passagem do “Cristo Vivo na Hóstia Consagrada”, ao entardecer.