O dono da fábrica de calçados que explodiu em Nova Serrana no dia 16 de junho e resultou na morte de um adolescente de 16 anos e dois jovens, de 18 e 19 anos – sendo destes são dois funcionários e um amigo deles – foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A conclusão do inquérito de apuração da Polícia Civil terminou depois de 44 dias. Contudo, a polícia também apura, em outro procedimento, suposta falsificação de calçados por parte da empresa.
De acordo com as investigações, o estabelecimento atuava de forma irregular, sem os alvarás de funcionamento exigidos pela Prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros. Os dois funcionários foram contratados informalmente. O laudo pericial constatou, ainda, que o local não era adequado para o desempenho das atividades.
Outra verificação da perícia é que o incêndio foi ocasionado “por aproximação de elemento em combustão deixado em material combustível presente na região do foco inicial”. Duas das vítimas morreram carbonizadas e a terceira veio a óbito, posteriormente, em função das graves queimaduras.
De acordo com a Delegada responsável pelo inquérito policial, Karine Tassara Fernandes, o proprietário da fábrica foi indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). A PCMG também apura, em outro procedimento, suposta falsificação de calçados por parte da empresa.
Explosão
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a empresa que fica no Bairro Jardim Padre Libério tem 14 funcionários que estavam em horário de almoço quando ocorreu a explosão seguida de um incêndio. As chamas consumiram boa parte do estabelecimento. Dois colaboradores um amigo deles morreram em decorrência do incêndio.
Documentação
A Prefeitura informou na ocasião que a empresa de calçado não tinha alvará de funcionamento e nem de localização. Contudo, o advogado que representava a fábrica na época,Jonathan Vitor, disse à reportagem o proprietário da fábrica garantiu que ela era legalizada e tinha os documentos necessários.
O nome fantasia da fábrica “Atacadão do Chinelo”, e não foi encontrado nos registros de alvará do Executivo.
Atendimento médico
A vítima de 18 anos, que ficou ferida foi inicialmente atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Hospital São José. Em seguida, pela gravidade dos ferimentos, o jovem foi levado pelo helicóptero Arcanjo 04, do Corpo de Bombeiros para o Hospital João XXIII, na capital mineira onde faleceu dias depois.
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