'Diário de Anne Frank' está no meio de disputa por direitos autorais

19/11/2015 | Giro Cultural

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Clássico criado sob o domínio do nazismo, o Diário de Anne Frank está no meio de uma disputa por direitos autorais. De um lado, há os que defendem que o livro entre em domínio público no ano que vem, quando se completam 71 anos da morte de Anne, assassinada em março de 1945 no campo de concentração alemão de Bergen-Belsen. De outro, está a fundação criada pelo pai da jovem, que tem sede na Basiléia, na Suíça, e alega que Otto Frank seja coautor dos escritos, o que postergaria seu domínio público para 2051. Otto morreu em 1980 e, segundo a lei vigente na Holanda, os direitos autorias de propriedade intelectual de uma obra expiram depois de completados 70 anos do falecimento do autor.

O domínio público da obra em 2016 é defendido pela instituição que administra a casa onde Anne e a família se refugiaram durante a Segunda Guerra Mundial, hoje transformada em museu. A organização, aliás, anunciou que prepara uma nova edição, “livre”, do Diário de Anne Frank, obra que está da lista de patrimônio da literatura mundial e documentário da Unesco, com tradução para 70 idiomas, em cem países diferentes. A publicação dessa nova edição, no entanto, depende do resultado da disputa entre as duas fundações.

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