Distribuidoras preveem alta imediata de até R$ 30 no botijão de gás

11/03/2022 | Minas Gerais

 

O preço médio de venda do gás foi reajustado em 16,1% – Foto Leandro Couri/EM/D.A Press)

 

 

O Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de GLP do Estado de Minas Gerais (Sirtgas) acredita que o repasse do reajuste nos preços do gás de cozinha para o consumidor deve acontecer já a partir desta sexta-feira (11/3).

 

Na manhã desta quinta-feira (10/3), a Petrobras anunciou um novo aumento do preço dos combustíveis. O preço médio de venda do gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg – equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

 

A gasolina também sofrerá uma alta de 18,8% e o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, um reajuste ainda maior, de 24,9%.

 

“Hoje, a partir da meia noite, as companhias já devem começar a reajustar. De amanhã até segunda-feira, os preços já devem estar alinhados. A partir de amanhã vamos saber de quanto vai ser o aumento. Hoje só sabemos que vai haver um aumento pesado amanhã”, afirma Venceslau José da Silva Filho, presidente do Sirtgas.

 

O presidente do Sirtgas acredita que os botijões devem ficar de R$ 20 a R$ 30 mais caros. “O preço das companhias hoje é livre, então o aumento deve ser maior que os 16% (anunciados pela Petrobras). Tem o ICMS, o combustível, a tabela não leva em conta só o aumento do governo.

 

“O preço do gás hoje já está bem elevado, entre R$ 100 e R$ 110. Com o aumento vai para R$ 130, R$ 140.”

 

Venceslau acredita que esse aumento pode levar ao fechamento de algumas distribuidoras. “As revendas não estão aguentando, estão no limite. Hoje existem 20% (de distribuidoras) que estão saindo ou mudando de ramo. É muita despesa. O gás ficou muito caro para a gente comprar e a margem de lucro, hoje, da revenda é muito pouca. O diesel aumentando, a gasolina também vai encarecer ainda mais para o transporte (dos produtos).”

 

Ele ressalta que outro fator que pode encarecer ainda mais o preço do botijão, para o consumidor final, é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

 

Repasse imediato também na gasolina

 

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) também acredita que o repasse do reajuste para o consumidor deve acontecer nesta sexta-feira (11/3).

 

Em nota, o Minaspetro afirma que “o mercado de combustíveis é livre e cada empresário varejista tem total independência para calcular seus preços de bomba, levando em conta os custos operacionais e estratégias comerciais”.

 

A entidade destaca, porém, que “a grande maioria dos postos repõem seus estoques diariamente, com isso, os revendedores já irão repor as novas cargas com os custos reajustados pelas distribuidoras”.

 

O sindicato disse ainda que “já iniciou interlocução com as bases distribuidoras, para que os fretes sejam reajustados imediatamente e não haja risco de desabastecimento”.

 

Por Uai 

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