Brumadinho: 19 pessoas são indiciadas por rompimento da barragem

26/11/2021 | Minas Gerais

A tragédia deixou 270 pessoas mortas em janeiro de 2019 outras oito desaparecidas – Foto reprodução

 

 

Dezenove pessoas e duas empresas foram indiciadas no segundo inquérito que investiga o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A tragédia deixou 270 pessoas mortas em janeiro de 2019 e outras oito desaparecidas.

 

Conforme informou a Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (26), a decisão faz parte de uma nova parte da investigação, que apurou a prática de diversos crimes ambientais de poluição e contra a fauna terrestre, aquática, flora, recursos hídricos, unidades de conservação e sítios arqueológicos, além de um quarto crime de apresentação de declaração falsa perante a Agência Nacional de Mineração (ANM).

 

Dos indiciados pela prática dos crimes ambientais estão as empresas Vale, responsável pela barragem, e a Tüv Süd, responsável por fazer a auditoria da estrutura. Ainda segundo a PF, as 19 pessoas citadas trabalhavam para as instituições como consultores, engenheiros, gerentes e diretores, e também foram denunciadas por homicídio doloso duplamente qualificado pelo “emprego de meio que resultou em perigo comum e de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas”.

 

Os nomes das pessoas ainda não foram divulgados e o inquérito agora segue para análise do Ministério Público Federal.

 

Em nota, a Vale informou que colabora continuamente com as investigações da Polícia Federal e que aguarda ser formalmente cientificada da conclusão do inquérito para a devida manifestação por intermédio de seu advogado, David Rechulski.

 

A empresa também diz que “compreende que as autoridades que presidem investigações são livres na formação de suas próprias convicções, no entanto, reafirma que sempre norteou suas atividades por premissas de segurança e que nunca se evidenciou nenhum cenário que indicasse risco iminente de ruptura da estrutura B1”, conclui.

 

Por Hoje em Dia 

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