Homem é procurado em Minas por torturar e matar mulher

9/11/2019 | Polícia

Um caso horripilante chocou as cidades de Palma, na Zona da Mata mineira, e de Miracema, no Noroeste do Rio de Janeiro. Os moradores estão abalados após um homem de 42 anos ser acusado de matar, esquartejar, queimar e enterrar o corpo de sua companheira. Segundo relatos, ele, que é soropositivo, a obrigava a assisti-lo fazendo sexo sem proteção com outras mulheres, além de ordenar que a vítima fizesse uma tatuagem com o nome dele. Como a mulher primeiramente se recusou, ele a teria obrigado a comer fezes como castigo. G. X. A., de 42 anos, está foragido.

Foto Divulgação Polícia Civil

Segundo o delegado responsável pelo caso, Gésner César Bruno, da 137ª Delegacia de Polícia Civil de Miracema, o desaparecimento de Franciane Moizes Pedro, de 27 anos, foi registrado pelo seu pai no dia 5 de outubro. “O G… alegou que a mulher o abandonou no dia 13 de setembro e levou as coisas dela embora, tomando rumo ignorado”, disse.

No dia 10 daquele mês, o carro do suspeito foi apreendido, e ele foi intimado a depor na delegacia. “Fizemos uma perícia com luminol no veículo. Diante dessa situação, ele ficou assustado e caiu em várias contradições. No dia seguinte, nós recebemos a informação que ele teria passado a madrugada toda cavando o quintal de casa, e que, durante essas escavações, houve um forte cheiro de carniça. Depois da escavação, ele saiu de casa bem cedo carregando algumas sacolas”, relatou o delegado.

 

De acordo com as investigações, o indiciado, inicialmente enterrou o corpo da mulher a uma profundidade de aproximadamente 1,5 metro no quintal de casa, que fica no bairro Viradouro, no município carioca, divisa com Minas, e ainda cimentou o local. Como ele ficou com medo de ser pego pela polícia, desenterrou os restos mortais, colocou em várias sacolas plásticas e os descartou em um lugar ermo, já no município de Palma.

“Lá, nós constatamos que uma parte do quintal havia sido cimentada recentemente. Quebramos, realizamos  escavações e localizamos uma outra laje de concreto. Nós localizamos preso no concreto um chumaço bem grande de aplique (cabelo artificial), com cabelos naturais, amarrado por uma buchinha e um pano vermelho aparentemente sujo de sangue. Havia um forte odor de carniça”, afirmou Gésner.

Para fazer esse transporte, o acusado pediu ajuda a um homem que tem deficiência mental e alegou que precisava carregar e enterrar restos mortais de um cachorro. “Olhamos câmeras de segurança nas proximidades e conseguimos identificar que ele foi ajudado por uma pessoa. Com a ajuda dela, conseguimos localizar o corpo. Ele estava a aproximadamente uns 13 km de Miracema, na zona rural de Palma, Minas Gerais”, contou o delegado.

Histórico macabro

A Polícia Civil já ouviu aproximadamente 20 pessoas sobre o caso. Uma delas, que era uma amiga de confiança de Franciane, contou que o suspeito obrigava a vítima a assisti-lo fazendo sexo com outras mulheres. “Ele tinha relações sexuais com outras mulheres e mostrava essas filmagens para ela se gabando de ter contaminado outras mulheres com o vírus HIV”, já que ele é soropositivo”.

Em outra ocasião, o suspeito fez a companheira comer fezes, já que ela não queria fazer uma tatuagem em homenagem ao companheiro. “Ele quis obrigar a vítima a fazer uma tatuagem com os dizeres ‘G…, eu te amo’, que de fato foi feita, mas como a princípio a vítima relutou, ele a obrigou a comer fezes. Era uma relação obsessiva dele, já que ele mantinha a família e os amigos à distância”, confirmou o delegado da Polícia Civil do Rio.

Outro crime

Na casa onde eles viviam, também morava um irmão do suposto autor, que é deficiente mental, e também sofria agressões. “Esse irmão era muito maltratado, chegava a comer comida azeda. Ele só ficava com o irmão por causa da aposentadoria por invalidez que o irmão tinha”, afirmou o delegado.

G. X. A. já teve sua prisão preventiva decretada, mas está foragido desde o dia em que o corpo foi encontrado, 11 de outubro. De acordo com a Polícia Civil, ele já tinha passagens pela polícia pelos crimes de estupro e perigo de contágio de moléstia grave, por ele transmitir doenças para outras pessoas de maneira proposital.

Os restos mortais de Franciane Moizes Pedro foram sepultados pela família da vítima no Rio de Janeiro.

Por O Tempo

 

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