Minas é o 2° colocado em DPVAT pagos por morte no trânsito

15/11/2020 | Minas Gerais

Foto Reprodução Internet

 

Nem mesmo o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19 foi capaz de frear os tristes números das mortes em acidentes de trânsito no Brasil. Cresceu em 8% o número de indenizações do seguro DPVAT no país de setembro a outubro de 2020, ano em que o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito completa 25 anos de existência.

 

No acumulado de 2020, Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de benefícios pagos por vítimas mortas, com 2.767, atrás de São Paulo, com 4.179.

 

Esses trágicos números são ilustrados pela dor de quem perdeu um ente querido no
trânsito, como é o caso de Wellington Reis, 41. O pai dele, o aposentado Nilton Reis, 63, morreu após ser atropelado por uma moto na avenida Amazonas, no bairro Cidade Industrial, em Contagem, em 2017.

 

“Ele desceu do ônibus e tinha que atravessas a Amazonas para pegar outro ônibus e ir para Ibirité. Ele não utilizou a passarela, e uma moto o atingiu. O condutor da moto não estava habilitado e estava alcoolizado”, conta o profissional de tecnologia da informação.

 

A notícia do falecimento de seu pai chegou pela manhã. “Por volta de 7h da manhã, eu e meu irmão estávamos em um retiro, em Sabará, minha mãe me ligou, pediu para eu voltar para casa, não disse o que era, e quando eu cheguei, ouvi a notícia”, relembra.

 

Apesar da angústia, Wellington diz que espera que seu relato ajude a sensibilizar as autoridades. “Torço para que essa matéria toque as autoridades e eu fico feliz por colaborar com isso”, diz.

 

Casos envolvendo motocicletas, como no que vitimou Nilton Reis, representam 51% dos seguros DPVAT pagos neste ano. Os motoristas dos veículos são a maioria das vítimas, representando 54% do pagamento das indenizações. Já os pedestres foram responsáveis por 28% dos casos, seguidos pelos passageiros, com 18%.

 

Quanto à faixa etária, o maior número de perdas, 40%, se deu justamente no grupo que está no auge da vida economicamente ativa: 25 a 44.

 

Por O Tempo

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