Minas Gerais entrou para a lista do Ministério da Saúde de Estados com surto por causa de sarampo. Além de Minas, o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul também passaram a fazer parte dos 16 Estados do Brasil que registram surto ativo da doença. Ao todo, são 3.339 casos confirmados de sarampo no Brasil, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
Em Minas, o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado na quarta-feira (11) mostrou que há 18 casos confirmados de sarampo e 288 em investigação.
Dos 18 casos confirmados em 2019, quatro aconteceram no primeiro trimestre do ano e são de moradores de Belo Horizonte, Contagem e Betim, essas duas na região metropolitana da capital.
Outros dez casos foram confirmados em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e outros quatro casos foram registrados em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. Algumas pessoas importaram a doença de São Paulo, onde há surto de sarampo, ou da Europa.
Nos últimos dias, hospitais estão sendo fechados temporariamente em Belo Horizonte e no interior do estado por causa de pacientes com suspeita de sarampo.
Registros no país
No Brasil foram notificados 24.011 casos suspeitos de sarampo, sendo que 17.713 (73,8%) estão em investigação e 2.957 (12,3%) foram descartados. Os casos confirmados, neste último levantamento, representam 89% do total de 2019.
No Brasil, foram registrados quatro óbitos pela doença, sendo três de crianças menores de um ano e uma morte de um homem de 42 anos.
O sarampo é mais grave em crianças que são mais suscetíveis a complicações que podem levar ao óbito. A ocorrência de casos em crianças menos de 1 ano é 9 vezes maior do que em relação a população geral. A cada 100 mil habitantes, 52 crianças nessa faixa etária obtiveram confirmação para o sarampo. A segunda faixa etária mais atingida é de 1 a 4 anos.
“É importante vacinar, neste primeiro momento, o público que é mais suscetível às complicações do sarampo. As crianças menores de 5 anos estão na faixa etária com maior número de internações e apresentam maior risco de desenvolver complicações, como cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções no ouvido, pneumonias e óbitos pelo sarampo”, ressalta o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.