Mortes por Covid-19 passam de 500 mil no mundo, diz universidade

29/06/2020 | Brasil

Foto: Reprodução/Johns Hopkins

 

O mundo já registra mais de 500 mil mortes por Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins neste domingo (28). Em números absolutos, os Estados Unidos e o Brasil são os países com mais mortes no mundo.

Também neste domingo, o número de casos confirmados de novo coronavírus no mundo ultrapassou a marca de 10 milhões. O aumento em mais de 1 milhão de novos casos confirmados aconteceu em menos de uma semana.

Veja quais são os países com mais mortes por Covid-19

EUA: 125.747 mortes
Brasil: 57.070 mortes*
Reino Unido: 43.634 mortes
Itália: 34.738 mortes
França: 29.781 mortes
Espanha: 28.343 mortes
México: 26.381 mortes
Índia: 16.095 mortes
*O número é o citado no levantamento da Johns Hopkins, que utiliza dados do Ministério da Saúde. Segundo consórcio de veículos de comunicação, o país tinha 57.174 mortes até as 13h deste domingo.

 

5 países com mais mortes

O Brasil é o segundo país, em números absolutos, com mais confirmações de mortes por coronavírus. Atrás apenas dos EUA que já ultrapassa as 125 mil mortes. Reino Unido, Itália, França e Espanha seguem como os países com mais mortos, mas apresentam estabilidade na contagem diária de vítimas.

A taxa para cada 100 mil habitantes aponta que o Brasil tem 27 mortes a cada 100 mil. Essa taxa mostra o efeito do vírus em países menos populosos, como a França (66,9 milhões de habitantes), o Reino Unido (66,6 milhões) e a Itália (60,3 milhões), em comparação com os EUA (329,5 milhões) e Brasil (209,5 milhões).

O painel da Johns Hopkins alerta, no entanto, para a alta incidência de mortes por coronavírus em outros países latino-americanos, que chegam a ultrapassar o Brasil nessa taxa por 100 mil habitantes. O Peru e o Chile, países com menor demografia, têm 28,6 e 28,5 mortes com a normalização.

Os registros da Espanha, que nesta contagem fica como o segundo país mais afetado pela doença, foram revistos pelo governo espanhol e quase 2 mil mortes foram apagadas do levantamento oficial. É por isso que há uma retração na contagem no dia 26 de maio.

Pandemia acelera

Mesmo com os números em queda na Europa, o avanço da Covid-19 no mundo ainda preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobretudo pela alta dos casos nas Américas e por novos registros em países da Ásia que já haviam controlado a doença.

Uma das razões para a preocupação é que o mundo tem registrado em média 1 milhão de novos casos do coronavírus a cada semana — por exemplo, o total no planeta chegou a 8 milhões em 15 de junho, há duas semanas. Do primeiro caso confirmado de Covid-19 até a marca de 1 milhão atingida em abril, passaram-se mais de três meses.

Histórias interrompidas

Desde a primeira morte por complicações de uma pneumonia então desconhecida, na China, a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) matou centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. Suas histórias foram interrompidas durante a pandemia.

Ainda no início de fevereiro, a morte de Li Wenliang – médico chinês que avisou sobre o coronavírus antes mesmo dos alertas oficiais – teve grande repercussão internacional. Não só por ele ser jovem, e por isso não ser considerado como membro do grupo de risco para a Covid-19, mas também por ser perseguido pela polícia chinesa que o acusou, inicialmente, de mentir sobre a pneumonia.

Em São Paulo, o maestro e criador da Rede Cultural Luther King, Martinho Lutero Galati de Oliveira, morreu em março, aos 66 anos. Martinho foi diagnosticado com coronavírus e foi internado em 17 de março.

O país também perdeu o cientista Sérgio Trindade, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e parte de equipe que ganhou Nobel da Paz em 2007, que morreu aos 79 anos de Covid-19, em Nova York.

O mundo do entretenimento lamentou a morte antecipada de seus profissionais por conta da Covid-19. O mágico Roy Horn, um dos integrantes da famosa dupla “Siegfried & Roy” de Las Vegas, morreu em maio, vítima de complicações vinculadas ao novo coronavírus.

O escritor chileno Luis Sepúlveda, forçado ao exílio durante a ditadura de Augusto Pinochet, morreu na Espanha aos 70 anos, em abril, depois de passar um mês e meio hospitalizado por causa do coronavírus.

Um dos últimos sobreviventes do Holocausto na Bélgica, Henri Kichka morreu de Covid-19 em abril, em uma casa de repouso em Bruxelas, aos 94 anos. Kichka foi um dos poucos homens e mulheres que sobreviveram a Auschwitz, o campo de extermínio criado pelos nazistas no sul da Polônia durante a 2ª Guerra Mundial.

 

Por: G1

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