? ”Não quero dormir, só encontrá-lo”, diz mãe de Dudu

13/02/2020 | Minas Gerais

A mãe de Eduardo Ferreira de Oliveira, de 2 anos, o Dudu, faz um apelo emocionado para que todos ajudem a encontrar o filho, desparecido desde a manhã dessa quarta-feira (12), em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

? Em entrevista ao repórter da Itatiaia Oswaldo Diniz, que acompanha os trabalhos de buscas, Cláudia Margarida, de 37 anos, disse que não descansará até encontrar o filho. Ouça:

 

“Vou fazer um apelo para todas as mães, que às vezes viu (sic) meu filho. Por favor, entrega ele para mim, meu Deus! Vocês não sabem como está a angústia em mim. Por favor, meu Deus, toca no coração dessas mães que viu (sic) e não pegou (sic) por maldade”, pediu Cláudia, aos prantos. “Não faça nenhuma maldade com o meu filho, por favor. Tende misericórdia de mim, meu Deus!”

A mãe disse que muitas possibilidades sobre o desaparecimento passam pela cabeça dela, mas acredita mesmo que alguém tenha levado Eduardo. A Polícia Civil investiga o caso e ouviu algumas pessoas. “Ele só tem dois aninhos, é um anjinho pequeninho meu… Por favor, gente! É meu caçulinha. Não faça nenhum maldade com meu filho”, suplicou a mãe.

Buscas 

Equipes do Corpo de Bombeiros passaram a madrugada à procura do menino. O trabalho de busca completará 24 horas e é concentrado em um raio de 3 km da casa da família, no bairro Vila Maria Regina. A região é cercada por matas e tem quatro lagoas, duas próximas à casa da família.

O trabalho desta quinta-feira terá o reforço de mergulhadores, drones, helicóptero e cães farejadores, além de equipes das polícias Civil e Militar.  Moradores do bairro de onde o garotinho desapareceu também não descansaram durante a noite e se uniram às equipes para tentar encontrá-lo.

“Tem carro de som, bombeiros… As pessoas estão me ajudando muito, estão sendo muito solidárias. Não sabe ainda se tem qualquer pista pra ajudar a gente a saber onde é que ele tá”, conta a mãe.

 

Possibilidades

No ponto próximo à residência passam ainda linhas de ônibus que ligam Juatuba a municípios da região metropolitana, entre eles Contagem – alguns coletivos param, inclusive, na estação de metrô do bairro Eldorado. Alarmada e aos prantos, a mãe do menino se preocupa que ele tenha entrado em algum dos ônibus que param em um ponto próximo à casa ou, pior, que alguém possa tê-lo levado embora.

“Eu quero encontrar o menininho. Se alguém estiver com ele, me devolva… Não vai acontecer nada, só entrega o menino para mim (chora). Meu coração tá pensando em tanta coisa, sei não, meu Deus. Eu não sei mais o que penso, se alguém levou ele do ponto de ônibus, se alguém tá com ele…”.

No ponto próximo à residência passam ainda linhas de ônibus que ligam Juatuba a municípios da região metropolitana, entre eles Contagem – alguns coletivos param, inclusive, na estação de metrô do bairro Eldorado. Cláudia teme que Eduardo possa ter sido levado ou mesmo ido só em um desses coletivos.

O aspirante Toletino, à frente das buscas pelo garotinho, afirmou que todos começaram a procurá-lo nessa quarta-feira (12) por volta das 11h. “Quando fomos acionados as buscas foram iniciadas e durante toda a noite elas continuaram. O trabalho conta com mergulhadores, drones e cães farejadores, principalmente em locais de mata mais fechada e de bambuzais”.

Ainda segundo o militar, até o momento não foi encontrado nenhum vestígio do pequeno Dudu. “O Corpo de Bombeiros não faz investigação, mas nós não descartamos nenhuma possibilidade. Todas as hipóteses são consideradas, mas nós estamos acreditando ainda que essa criança está nos arredores e o trabalho vai continuar até que isso seja confirmado ou descartado”, completou.

Como aconteceu

Minutos separam a imagem contente de Eduardo brincando com sua cachorrinha do retrato do quintal sem o menino e o portão entreaberto. Ainda na manhã de quarta-feira, Claudia saiu para o trabalho e, sem poder deixar o menino com a sogra, que precisou ir ao médico, o deixou com a irmã de 16 anos.

A adolescente, então, levou a criança consigo até um laboratório para exames e retornou para casa pouco tempo depois. “Ela chegou, deixou ele lá dentro de casa e ele abriu a porta da cozinha e veio brincar aqui no quintal. Ele tem esse costume de brincar aqui na frente, na grama, ele e o cachorrinho. Não demorou uns minutos, ela olhou e não deu conta dele”, conta a mãe dos dois.

Como contou Cláudia, a casa é rodeada por cercas e o portão que a separa da rua permanece preso por um arame. Ela não sabe como Eduardo conseguiu abrir o portão. “Ele sempre brinca de pedrinha aqui na grama, juntava aqui. Nós amarramos o portão. Minha menina amarrou forte (nessa quarta-feira), eu não sei como ele conseguiu abrir”.

Ao perceber o desaparecimento do irmão, a adolescente ligou para os bombeiros e para a Polícia Militar. Alguns minutos depois, a mãe chegou do serviço. “Eu já estava vindo do trabalho, não sabia o que estava acontecendo. Minha menina começou a gritar por mim, eu me desesperei. Nem entrei em casa, já comecei a procurar”. Com o apoio dos moradores do bairro, a mãe o buscou por toda a região, principalmente em pontos onde o menino podia ter passado. “Ele costumava subir, ficava beirando a esquina que tem ali, mas ele nunca tinha sumido, de jeito nenhum”.

Quem souber quaisquer informações que possam ajudar a encontrar o Eduardo, pode ligar para o telefone (31) 99523-8670 

Por O Tempo / Itatiaia

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