Novos tremores são registrados em Divinópolis

14/02/2022 | Centro-Oeste

As magnitudes foram de 2,1 e 2,7 na escala Richter – Foto Prefeitura Divinópolis

 

 

Dois novos tremores de terra foram registrados em Divinópolis. Segundo a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), os tremores foram na terça-feira (8) e no domingo (13). As magnitudes foram de 2,1 e 2,7 na escala Richter. O índice é considerado de baixa amplitude.

 

Até agora, 33 terremotos foram registrados na cidade. De acordo com a RSBR, tremores de magnitude 2 a 4 são semelhantes ao impacto de um veículo grande e pesado passando. O primeiro terremoto registrado na cidade ocorreu em 10 de janeiro: 3,0 na escala Richter. Embora considerado um valor baixo, o valor é o maior registrado pela cidade até o momento. As demais amplitudes registradas variaram de 1,6 a 2,9.

 

O epicentro do terremoto foi próximo ao bairro Candidés, segundo relatório divulgado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). A agência disse ainda que recebeu mais de 500 relatórios da população, o que permitiu estimar a localização do epicentro. Os terremotos em Divinópolis são considerados normais devido ao histórico sísmico da região.

 

“Não há razão para acreditar que não se trate de atividade sísmica natural, sem relação com atividade exploratório de pedreiras ou com enchimento rápido do reservatório de Gafanhoto. Possível relação com chuvas intensas no último mês é pouco provável e muito difícil de comprovar. O padrão de tremores ocorrendo durante vários dias (“enxame” de sismos) não é incomum”, consta no relatório.

 

O relatório destaca que terremotos de magnitude 3,0 são muito comuns no Brasil e em Minas Gerais. O estado já viu terremotos maiores em São Francisco em 1931 e Itacarambi no norte do estado em 2007. Ambos têm uma classificação de 4,9 e uma resistência máxima de VI e VII MM (fissuras e rachaduras na parede).

 

A USP acredita que a série de terremotos em Divinópolis parece fazer parte de uma zona de terremotos mais frequente que inclui o Quadrilátero de Ferro. “Os terremotos naturais são completamente imprevisíveis, não há como saber quanto tempo a atividade durará, se a magnitude diminuirá ou aumentará”.

 

Veja também