Petroleiros em greve prometem vender gás a R$ 40

7/02/2020 | Minas Gerais

Em greve desde 31 de janeiro, petroleiros montarão pontos de venda neste sábado (8) em várias cidades do país, inclusive em Belo Horizonte, para oferecer à população botijões de gás de cozinha por R$40, cada. Segundo o sindicato da categoria no Estado (Sindipetro/MG), o objetivo da ação é alertar a população sobre os prejuízos causados pela política de privatização da Petrobrás.

Na capital, serão oferecidos 200 botijões. Atualmente, o preço médio das unidades em BH varia de R$ 61,99 a R$ 95 – ou seja, a economia de quem aderir à iniciativa pode passar de 50%. Quem se interessar deve levar o pagamento em dinheiro e um botijão vazio para troca. A atividade será realizada na Rua Pedro Lessa, n° 435, bairro Santo André, região Noroeste da cidade, a partir das 10h.

“Acreditamos que a prioridade é a população. Mesmo assim, é possível vender esse produto essencial a um preço menor e, ao mesmo tempo, manter o lucro de acionistas, revendedoras e distribuidoras. E isso só será possível com uma Petrobrás pública, forte e integrada. Mas as ações do governo, ao privatizar a Petrobrás aos poucos, vão na contramão dos interesses da sociedade. Parte das refinarias brasileiras foram colocadas à venda, incluindo a Regap, em Betim”, afirma o diretor do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori.

Reivindicações

O movimento grevista dos petroleiros já atinge, de acordo com o Sindipetro/MG, 30 bases operacionais em 12 estados. Em Minas, o movimento tem 90% de adesão dos setores operacionais da Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) e da Refinaria Gabriel Passos (Regap).

Entre outros pontos, os petroleiros defendem a intervenção do governo federal para barrar os aumentos sucessivos dos derivados de petróleo.

Conforme nota divulgada pelos sindicalistas, a categoria também usa o movimento para protestar “contra a demissão em massa e sem negociação de mil trabalhadores, efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados/ Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (ANSA/Fafen-PR), e os prejuízos causados pela privatização do Sistema Petrobrás”.

Por Hoje em Dia

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