Produção de azeite em Minas vai dobrar com safra de azeitona

6/04/2015 | Minas Gerais

produçao azeitona minas

 

 

 

A oliveira, conhecida como a árvore da vida, por causa da sua longevidade, está renovando o fôlego da produção agrícola no estado. Ainda em pequena escala, a atividade ganha novos adeptos e a área cultivada cresce a um ritmo de 10{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b} ao ano. Em 2015, a produção mineira do puro azeite de oliva extravirgem vai mais que dobrar, atingindo 25 mil litros. O recorde coincide com o início da produção da maior parte dos olivais, cultivados no estado a partir de 2009. Com a possibilidade de a linha pública de crédito chegar ao mercado, o promissor campo das oliveiras começa agora a ser uma promessa também para os pequenos produtores.

Hoje, pelo menos 40 municípios do estado já cultivam a espécie para extração do azeite. São cerca de 60 produtores concentrados principalmente no Sul de Minas, na região de Maria da Fé e Aiuroca, na Serra da Mantiqueira, e nas proximidades de Barbacena, na Região Central do estado. Como a oliveira pede terrenos de altitude e baixas temperaturas, as cultivares desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) estão prosperando com excelente adaptação nessas regiões. Elogiado por especialistas europeus, o azeite mineiro alcança preços que no varejo chegam a R$ 140 por litro.

Colhido a partir de azeitonas sadias, o azeite feito no Brasil, além da excelência na qualidade, leva uma vantagem em relação ao concorrente importado: pode ser consumido fresquinho, sem passar por longo período de armazenagem. “É um produto de ótima qualidade, extravirgem e que chega rapidamente ao consumidor. O ideal é que o azeite seja consumido dentro do seu ano de produção. Depois disso, ele já começa a perder algumas características”, explica Nilton Caetano de Oliveira, consultor e ex-presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive).

Veja também